sábado, 13 de outubro de 2012

As coisas que fazemos pelo amor ao cinema

Eu prometi, 7 filmes e 7 resenhas durante o festival do Rio! E ainda vou cumprir. Os 7 filmes foram assistidos. Com direito a surpresa do tipo:  filmes que eram para serem ruins e foram bons, filmes que eram para ser bons e foram ruins, um Hobbit altamente psicopata e o Ricardo Darin... que não é surpresa alguma sendo que eu sempre acabo vendo um filme argentino com ele (segundo o marido, ele é o Selton Mello Argentino. Mas só por que ele tá em todos os filmes. Na atuação é Darin 4 Life!)

Galã de novela Mexicana Argentina

Todos os filmes acompanhados pelo marido, 6 deles acompanhados pela Aline, que é uma das poucas doidas que topariam essa rotina insana de filmes com a gente. 

O que eu queria contar aqui foi a doidera do último filme que nós vimos. Por causa de histórias assim que esse blog existe. 

Essa que vos fala estava (está) passando por uma gripe que se recusa a ir embora. E passar o dia entrando e saindo de lugares com ar condicionado não ajuda. Então no dia do último filme eu passei o dia enrolada num casaco que ia até meu joelho até quando estava no sol. Nariz entupido e espirros toda hora. Quando finalmente chegou a hora de sair do trabalho, essa que agora trabalha no Downtown, pegou um leve engarrafamento. Mas assim, bem leve mesmo sabe, eu só fiquei meia hora parada em frente ao ponto que peguei o ônibus sem ele se mover um milímetro se quer!

Dentro do ônibus eu assumi a minha posição padrão dos ônibus de ar condicionado, me encolhi no banco e me cobri com o casaco ao contrário e levantei a gola para cobrir metade do rosto. E lá fiquei pelo que foi a viagem mais demorada de volta para casa da história! Algumas ligações frustradas para o marido, cada hora pra dizer uma coisa diferente:
"Eu vou me atrasar"
"Não sei se chego a tempo"
"Deve ser melhor te encontrar no cinema direto"
"Acho que vou morrer de gripe nesse ônibus"

Enfim cheguei! Saí do ônibus pra um calor tenebroso, mas o casaco não me abandona!!! Chegando em casa lá está minha cama, linda e formosa, coberta com o edredon que mamãe deu! A primeira coisa que faço, caio na cama e me cubro. Isso durou literalmente 2 segundos. Chega a criatura marido "E aí vamos?" Ao que eu respondo "asfshjhshgagfshajhsgfhas" (eu só não queria tirar a cara do travesseiro, mas eu queria ir ao cinema... quem sabe se eu levasse o travesseiro para lá...). Ele até tentou me convencer a não ir. "A gente liga pra Aline e fala que você tá doente" "A gente tá com o ingresso dela?" "Estamos." Pulei da cama e vamos!

Pausa ultra mega motherfucking rápida para comprar um lanche no que seria o pior Bob's do mundo! Fica aqui pertinho de casa e o atendimento é bem ruinzinho.... Mas eu mencionei que nós tinhamos que estar no Odeon em menos de 15 minutos? Pois é.

Lá fomos nós! Duas promoções em saquinhos de papel marrom do Bob's e head to cinema! Eu fiquei encarregada do saquinho com as bebidas, então eu corria da maneira mais estranha pra sacudir o menos possível e não acabar misturando suco de uva com coca cola (eu to numa vibe sem refrigerante).

Aí chegamos no Odeon.... E tem tapete vermelho! Imagina a cena! Eu e criatura marido, cada um com seu respectivo saquinho do Bob's, uma calor do cão e eu usando um sobre tudo e com aquela cara de chapada cheia de remédio para gripe.

Do nada aparece uma pessoa super serelepe saltando num vestidinho preto e meia arrastão. Eu achando que estava alucinando dos remédios falei: "Aquela não é a Maria Paula?" Felizmente nós achamos a Aline, e ela já estava lá na metade da fila. Felizmente nós entramos sem ninguém reclamar dos nossos saquinhos nada discretos de lanche e sem ninguém pedir nossas carteirinhas, porque eu esqueci os papéis de meia entrada na outra bolsa.

Já dentro do cinema eu pude comprovar que realmente era a Maria Paula e eu não estava alucinando! Conseguimos um lugar muito legal no segundo andar bem no meio da tela! Uma mulher começou a apresentar o filme, fala do diretor e (DO INFERNO) ela chama o diretor no palco!!!! O cara que dirigiu "A insustentável leveza do ser" (pausa para chilique de quem viu o filme/ leu o livro). E depois disso chama o Rodrigo Santoro. E eu, como super discreta e delicada que sou, quase que solto em alto e bom som: "Caraca! Nem sabia que o Rodrigo Santoro tava nesse filme!" ou então pior "Será que ele tem alguma fala dessa vez?"

O importante é que no final tudo correu bem, apesar de entupida de remédios eu sobrevivi a estréia de Hemingway e Gellhorn, o Rodrigo Santoro tinha sim falas no filme, o Clive Owen não estava lá... o que é bom, porque desde Closer ele me assusta um pouco! E assim foi o final triunfal do meu primeiro Festival do Rio! Entrando com lanche do Bob's na noite de gala!


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